Em seus 120 quilômetros de extensão pelo Pantanal sul-mato-grossense, a "Estrada Parque" oferece aos visitantes a oportunidade prática para observar a flora e a fauna da região. A contemplação é a marca principal do atrativo, e o contato com uma infinidade de animais silvestres torna o passeio muito, mas muito especial.
Para se alcançar o início do trecho, o turista tem duas opções
A primeira é sair de Corumbá, a 444 quilômetros de Campo Grande, e ingressar na MS-228.
A segunda é viajar de carro por 300 quilômetros a partir de Campo Grande, em direção oeste pela rodovia BR-262 (asfaltada). Após cruzar as cidades de Aquidauana, Anastácio e Miranda, chega-se ao ponto denominado "Buraco das Piranhas", em um entroncamento com a rodovia MS-184.
Em qualquer época do ano, o passeio poderá ser feito por carros de passeios ou camionetes, a estrada é de terra toda cascalhada e em boas condições de trafegar. Para atravessar o Rio Paraguai é necessário a utilização da balsa, cujo funcionamento é das 6h as 18h com intervalo de 1 hora de almoço em todos os dias do ano.
Os meses de inverno coincidem com a vazante do Pantanal e são considerados os mais propícios à visitação, pois a fauna se mostra mais abundante. Nesse período, é comum ver peixes ficarem presos nos canais de água e predadores fazendo um verdadeiro banquete.
Corpo e mente também devem estar preparados para a viagem, pois na maior parte do tempo faz calor intenso no Pantanal. A sensação térmica pode chegar aos 50 graus nos dias mais quentes.
Contato com animais
De acordo com a Polícia Militar Ambiental, a região da Estrada Parque, está em ótimas condições de preservação, garantindo a presença constante da fauna e flora pantaneira.
Seja consciente de seu papel!
A Polícia Militar Ambiental alerta que apanhar animais silvestres sem autorização, além de ser crime ambiental, representa um perigo para os desavisados, pois pode ser agredido pelos animais na tentativa auto-defesa.
Faça o percurso devagar, contemplando as belezas únicas que só a região oferece!
Todo o cuidado no percurso é pouco, pois muitos animais fazem a travessia da estrada, ocasionando a parada obrigatória - Atropelar um animal no pantanal é crime ambiental.
Além de servir a interesses turísticos, a Estrada é a principal rota de escoamento da produção pecuária das fazendas da região. Não são raras às vezes em que o turista interrompe a viagem por alguns instantes para que as "comitivas pantaneiras (peões que conduzem o gado), atravessem com rebanhos que variam de 200 a 2 mil cabeças.
O traçado da Estrada Parque ajuda a contar um pouco da história da região. O marechal Cândido Rondon projetou na região uma linha telegráfica no fim do século XIX, e a casa do telégrafo, construída em palafita no Porto da Manga, resiste ao tempo. A rodovia também servia como única ligação viária entre Corumbá e Campo Grande até a década de 1980, quando a BR-262 foi implantada.
Em todo o trajeto, o viajante irá cruzar por 71 pontes de madeira. Ao chegar na região do Passo do Lontra, o visitante encontrará uma ponte de concreto que foi construída recentemente em substituição a ponte de madeira (referencia da região).
O turista poderá visitar ainda a comunidade do Porto da Manga às margens do Rio Paraguai e é neste momento que acontece a travessia da balsa. No trecho final a estrada passa ao lado do maciço do Urucum, onde estão as maiores jazidas de manganês e bauxita da América Latina.
Salientamos que é importante efetuar o percurso com guias ambientalizados com a região, aptos a oferecer segurança em todo o percurso.
Um Percurso Inusitado!